Campanhas à Presidência destacam ensino profissionalizante
A educação fecha a série de reportagens da Agência Câmara que comparou os pontos defendidos por pelo menos dois presidenciáveis com as propostas em tramitação na Câmara sobre os quatro principais temas que preocupam a população: saúde, segurança pública, emprego e educação.
10/09/2010 - 15:00
Principais projetos sobre educação | |
O investimento em ensino técnico profissionalizante é um dos destaques da campanha à Presidência da República dos principais candidatos que estão à frente nas pesquisas de intenção de voto. Uma conclusão se impõe: o discurso dos presidenciáveis já reflete o conteúdo de diversas propostas em análise na Casa há algum tempo. Esta é a quarta reportagem da série que comparou as promessas de campanhas com os projetos de lei em tramitação na Câmara. Os outros temas abordados foram saúde, segurança pública e empregos.
O tucano José Serra prometeu a criação de um milhão de vagas em escolas técnicas públicas e a criação de um programa de bolsas em escolas privadas para os jovens carentes. O programa de governo da candidata petista Dilma Roussef também defende a expansão de institutos de educação profissional no País.
Essas propostas já estão sendo discutidas pelos deputados, que analisam diversas propostas que destinam recursos para as escolas técnicas ou autorizam o Poder Executivo a criar uma política pública específica para o setor.
Ensino integral
Outro ponto defendido por mais de um candidato é a ampliação do ensino integral, em que o aluno passa dois períodos na escola, e a criação de mais creches.
A ampla presença da educação no discurso eleitoral dos candidatos a todos os cargos em disputa é um reflexo do aumento da preocupação do povo com a questão. Pesquisa divulgada em junho pelo Ibope aponta a educação como o quarto colocado na lista de temas considerados prioridade do próximo presidente pela população.
O tema subiu duas posições em relação à mesma pesquisa realizada em 2006, com aumento de 13 pontos percentuais. Atualmente, 28% dos entrevistados indicou a educação como prioridade, contra 15% em 2006.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Newton Araújo