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Exposição na Câmara retrata Revolução Acreana

04/08/2010 - 12:29  

Leonardo Prado
Deputados Fernando Melo (E) e Nilson Mourão (D) com o pintor Jorge Rivasplata (C).

Está aberta ao público a exposição "Imagens da Revolução Acreana", do artista plástico Jorge Rivasplata de La Cruz. As telas poderão ser vistas até 12 de agosto no túnel que liga o anexo 2 ao edifício principal da Câmara.

A mostra retrata parte da história do conflito armado entre Brasil e Bolívia pelo domínio de terras que hoje pertencem ao Acre. São 20 obras em óleo sobre tela que integram a coleção dos principais fatos e personagens da história do Acre.

O deputado acreano Nilson Mourão (PT) destacou que as telas refletem a memória de uma revolução ainda desconhecida do povo brasileiro. Originada da revolta de seringueiros que ocupavam o atual território do Acre entre o fim do século 19 e o início do 20, a Revolução Acreana começou em julho de 1899, quando a região, então pertencente à Bolívia, foi proclamada República do Acre.

O conflito terminou em 1903, depois que os brasileiros residentes no local venceram a disputa armada, comandados por José Plácido de Castro. Foi assinado, então, o Tratado de Petrópolis, pelo qual a Bolívia cedeu o território ao Brasil. "Trata-se de uma epopeia que incorporou ao Brasil uma vasta área que antes pertencia à Bolívia", disse Nilson Mourão.

Segundo o deputado, a exposição é um primeiro passo para divulgar nacionalmente essa parte da História do Brasil. De Brasília, a mostra seguirá para todos os estados da região Norte, em uma parceria com o Ministério da Cultura.

"A partir do próximo ano, o assunto também será componente do currículo nacional válido para todas as escolas do Brasil. Eu mesmo participei de reuniões no Ministério da Educação, para que a revolução fosse incluída nos livros de História do Brasil", afirmou.

O artista
Pintor, escultor, caricaturista, entalhador, ceramista, desenhista e professor de artes plásticas, o peruano Jorge Rivasplata, de 77 anos, vive no Acre há 26. Criado na província boliviana de Beni, ele disse que sempre se interessou pela pintura de fatos históricos.

Em relação à Revolução Acreana, ele afirmou ter estudado bastante o fato e ter se encantado. Algumas das telas são reproduções de fotografias da época. Outras são inspirações a partir da história.

Da Redação/NN

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