Diretores de hospitais garantem que compras são regulares
05/05/2010 - 16:08
Durante audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, a diretora do Hospital Geral de Bonsucesso, Sandra da Silva Azevedo, afirmou nesta quarta-feira que a instituição adquiriu micromolas para a realização de cirurgias neurológicas da empresa Extencion Comercial Ltda, mas negou que tenha havido fraude. Segundo ela, a compra foi feita por meio de pregão eletrônico, e o material foi utilizado em 29 cirurgias desde 2007.
O coordenador do Instituto Nacional do Câncer (Inca), André Tadeu de Sá, por sua vez, afirmou que o instituto adquiriu da Extencion apenas próteses de esôfago, entre 2004 e 2006. Segundo ele, esses materiais custaram R$ 140 mil. O diretor do Hospital do Andaraí, João Marcelo Ramalho Alves, por sua vez informou que seu hospital já comprou da Extencion produtos que foram utilizados em cirurgias cardiovasculares.
Material de neurocirurgia
O diretor administrativo do Hospital da Lagoa, Rogério de Castro, também disse que a unidade não adquiriu nenhum material de neurocirurgia da empresa. “Nos últimos cinco anos, o hospital comprou da empresa apenas um único filtro de veia cava”, garantiu.
Já o diretor do Hospital de Jacarepaguá, Paulo Roberto Fernandes, assegurou que a instituição não fornece nenhum serviço de neurocirurgia. “Nos últimos cinco anos, foram adquiridos dessa empresa apenas agulhas e balões para cirurgia vascular”, disse.
O diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), Geraldo da Rocha Motta Filho, afirmou que a única compra feita da Extencion ocorreu em 2005. Na época, segundo ele, foram adquiridos R$ 9,5 mil em materiais hospitalares repassados para o Hospital Souza Aguiar, que estava sob intervenção
Segundo o diretor do Hospital de Ipanema, Geraldo Di Biasi Filho, o hospital nunca comprou nenhum produto da Extencion. A mesma afirmação foi feita pelo diretor do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Marco Antônio de Mattos.
Reportagem – Rachel Librelon
Edição - Newton Araújo