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Metade dos estádios da Copa atrasará obras, diz subcomissão

Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Norte devem atrasar as obras nos estádios.

15/04/2010 - 15:58  

Brizza Cavalcante
A subcomissão de fiscalização da Copa 2014 ouviu explicações de técnicos estaduais sobre as obras para os jogos.

O presidente da subcomissão que fiscaliza a organização da Copa do Mundo de Futebol de 2014, deputado Silvio Torres (PSDB-SP), disse nesta quinta-feira que apenas metade dos estádios que acomodarão os jogos da copa terão as obras iniciadas até maio, prazo acordado com a Federação Internacional de Futebol (FIFA).

Ele dá como exemplo de obras que vão atrasar as que serão feitas nos estádios do Distrito Federal, de São Paulo e do Rio Grande do Norte. Em relação ao Rio de Janeiro, o deputado tem dúvidas sobre como ficará a situação do Maracanã, depois das inundações da cidade.

O deputado, que requereu a audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para debater o assunto, também chamou atenção para o atraso em obras de infraestrutura aeroportuária, considerado um dos setores mais deficitários segundo as demandas do evento.

Veja trecho do programa Palavra Aberta da TV Câmara em que o deputado Sílvio Torres explica os trabalhos da subcomissão de fiscalização. Para ver a íntegra, clique aqui.

"Faz praticamente dois anos e meio que assinamos o compromisso para sermos sede da Copa e até agora não há nenhuma obra iniciada nos aeroportos", afirma Sílvio Torres. 

Obras em maio
A construção da Arena Verde, que sediará jogos da Copa de 2014 no estado do Amazonas, está entre os casos onde as obras serão iniciadas até maio. A informação é do secretário-executivo de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas, Rodrigo Camelo, que também participou da audiência. Ele informou que o custo total das obras de infraestrutura na cidade de Manaus soma R$ 2,3 bilhões - sendo aproximadamente R$ 500 milhões somente para o estádio.

Em paralelo às obras da Arena Verde, segundo Camelo, o estado do Amazonas está executando um projeto de mobilidade urbana, com investimentos da ordem de R$ 800 milhões, que inclui a implantação de um monotrilho, um sistema de transporte coletivo com capacidade para atender 170 mil pessoas por dia. Segundo ele, esse sistema deve reduzir o tempo de deslocamento dos passageiros em até 1 hora.

Licença ambiental
Já o diretor-presidente da Agência Estadual da Copa de 2014 do Pantanal, Adilton Sachetti, informou que a principal pendência para o início das obras do estádio na cidade de Cuiabá era a licença ambiental, que foi entregue ontem. "Com a licença ambiental em mãos, daremos a ordem de serviço para o início das obras na próxima semana", afirmou Sachetti.

As obras do Estádio Verdão, segundo ele, estão orçadas em R$ 342 milhões, sem incluir equipamentos como placar eletrônico, cadeiras e iluminação. Além disso, o Mato Grosso também precisa construir dois centros de treinamento e melhorar a infraestrutura de transporte urbano e o aeroporto da capital.

Sachetti afirmou que o governo de Mato Grosso já incluiu no orçamento um total de R$ 250 milhões ao ano (R$ 1 milhão até 2014) para obras relacionadas à Copa. "Além disso, estamos buscando recursos federais para cumprir todos os compromissos", afirmou.

* Matéria atualizada às 16h40.

Reportagem - Murilo Souza
Edição - Newton Araújo

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