Política e Administração Pública

Ministro francês acredita em acordo para venda de trens ao Brasil

08/09/2009 - 23:12  

O ministro dos Transportes da França, Dominique Bussereau, disse nesta terça-feira em visita à Câmara que o seu país poderá firmar novos "acordos inteligentes" com o Brasil, no mesmo espírito daquele que foi feito para a venda de caças franceses. Ele manifestou, por exemplo, a certeza de que a França poderá chegar a um acordo para a venda de trens de alta velocidade e de veículos leves sobre trilhos. O ministro aconselhou os parlamentares a conhecerem a experiência coreana de fabricação de vagões de trem-bala com tecnologia francesa.

O tema da visita foi o intercâmbio da França com o Brasil na área do transporte ferroviário. O ministro foi recebido pelo presidente da Comissão de Viação e Transportes, deputado Jaime Martins (PR-MG), e por integrantes do colegiado.

Jaime Martins disse ao ministro francês que as ferrovias tiveram destaque no Brasil no passado, mas deixaram de receber investimentos na segunda metade do século 20. De acordo com o deputado, o atual governo despertou para a necessidade de revitalizar essa modalidade de transporte.

Colaboração
Martins lembrou que o Brasil e a França já têm acordos em andamento no que diz respeito à compra de aviões militares e à construção de um submarino nuclear brasileiro com tecnologia do país europeu. Ele acrescentou que os franceses têm "especial interesse" em colaborar com a implantação de trens de alta velocidade no Brasil.

O deputado disse que o ministro francês vai participar nesta semana em Brasília do seminário "Transporte e Inovação", para mostrar o que a França tem em tecnologia de ponta e o que o Brasil poderá agregar para as suas ferrovias.

Custos
O deputado Mauro Lopes (PMDB-MG) falou ao ministro sobre o Projeto de Lei 1176/95, do qual é relator, que atualiza as diretrizes do Sistema Nacional de Viação. Segundo o parlamentar, existia desde 1946 um plano de viação, mas ele estava antiquado. "Houve necessidade de fazer a transformação de plano para sistema, porque as várias modalidades de transportes no Brasil terão de ser integradas", explicou.

Mauro Lopes disse que, com a desativação das ferrovias, o transporte de grãos ficou mais caro, o que elevou o Custo Brasil e tornou os preços do País menos competitivos. O resultado foi a necessidade de um novo sistema viário.

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Reportagem – Paulo Roberto Miranda/Rádio Câmara
Edição – João Pitella Junior

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