Segurança

Governadores de oposição pedem mais tempo para debater projeto de combate ao crime organizado

Quatro governadores e dois vice-governadores estiveram com o presidente da Câmara

12/11/2025 - 18:06   •   Atualizado em 12/11/2025 - 18:45

Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Reunião com governadores sobre o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado.
Reunião com governadores sobre o marco legal do combate ao crime organizado

Governadores de partidos de oposição se encontraram com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pediram um prazo maior para votar o projeto de combate ao crime organizado (PL 5582/25). Eles estiveram com Motta após participarem de sessão solene do Congresso Nacional, no Senado, que homenageou a ação policial no Rio de Janeiro contra facções criminosas.

“Desde que fui eleito presidente da Câmara, a porta do meu gabinete está sempre aberta para debater os assuntos de interesse do Brasil. Diálogo e conciliação fazem o país avançar com equilíbrio e nessa pauta não será diferente”, afirmou o presidente em suas redes sociais.

Governadores de sete estados formaram o "consórcio da paz" em 30 de outubro, dois dias após a megaoperação no Rio contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão. Os participantes são: Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC), Celina Leão (Progressistas, vice-governadora do DF), Eduardo Riedel (Progressistas-MS).

Desses, estiveram com Motta os governadores Claudio Castro, Zema, Caiado, Jorginho Mello e os vice-governadores Daniel Vilela (GO) e Celina Leão.

O governador do Rio disse que pediu um prazo de 30 dias para que a Câmara aprove uma proposta. Para Castro, é preciso ouvir o Judiciário, secretários de Segurança e operadores do direito que tratam do tema. "Queremos uma lei que vá ao encontro do que precisamos, majoritariamente isso. Discordamos da rapidez desse projeto”, defendeu Castro.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, defendeu um amplo debate entre todos os Poderes para construir um projeto “ouvindo lideranças, desapaixonadamente de partidos políticos”, acrescentou.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que não se trata de um tema de campanha eleitoral, mas de uma preocupação real da sociedade brasileira. “Não é assunto de campanha eleitoral, é um assunto de governabilidade”, reforçou.

Relator
Ao sair de uma reunião com alguns líderes partidários, no início da noite, o relator do projeto, deputado Guilherme Derrite (PL-SP), afirmou: "Pode ser que tenha ambiente para votar hoje, pode ser que tenha ambiente para votar amanhã. Se for necessário um adiamento, vamos fazer com muita responsabilidade. Estamos fazendo um trabalho técnico, e a gente sabe que tem muitas questões políticas envolvidas. Eu não quero contaminar o texto técnico com pautas que eventualmente venham me afetar. Os governadores talvez não tenha tido acesso aos novos textos. Se o texto for aprovado aqui, as Casas têm legitimidade para alterar, estou dialogando com o governo."

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira

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