Política e Administração Pública

Comissão Mista de Orçamento aprova os 16 relatórios setoriais do Orçamento de 2025

Depois de ser aprovado pela comissão, projeto do Orçamento será submetido ao Plenário do Congresso Nacional

12/12/2024 - 10:49   •   Atualizado em 12/12/2024 - 12:29

Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Reunião da Comissão Mista de Orçamento
Reunião da Comissão Mista de Orçamento

A Comissão Mista de Orçamento concluiu nesta quinta-feira (12) a votação dos 16 relatórios setoriais do Orçamento de 2025 (PLN 26/24). Agora, o relator-geral, senador Angelo Coronel (PSD-BA) pode preparar o relatório final para votação. O presidente da comissão, deputado Julio Arcoverde (PP-PI) convocou reunião para a próxima terça-feira.

Foram aprovados hoje os orçamentos da saúde; integração, desenvolvimento regional e meio ambiente; e infraestrutura, minas e energia. O relatório da saúde recebeu mais de 30% das emendas apresentadas pelos parlamentares porque a regra atual obriga a destinação de 50% dos recursos das emendas individuais para o setor. No caso da área de integração, a destinação de emendas no valor de R$ 2,7 bilhões é a maior após a área de Saúde.

Admissão de emendas
Os deputados e senadores também aprovaram o relatório do comitê que analisa a admissibilidade de emendas. O coordenador, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), explicou que as emendas foram analisadas à luz das novas regras fixadas pela Lei Complementar 210 (2024).

Apenas 13 emendas coletivas foram consideradas inadmitidas, mas o coordenador fez algumas ressalvas:

Projetos estruturantes – a nova legislação manteve a necessidade de programações voltadas a projetos estruturantes e de ações vinculadas a um plano articulado de políticas públicas. “Alerta-se, contudo, que a lei complementar estendeu os mecanismos de prevenção quanto à fragmentação e individualização de ações à fase da execução orçamentária, verificação que ficará a cargo dos órgãos setoriais do Executivo”.

Valor das emendas – os valores foram calculados com base na lei complementar. Mas decisão do STF publicada no início de dezembro delimitou o critério que deve ser utilizado no cálculo do montante total das emendas. “Ressalta-se, portanto, que poderá haver necessidade de eventuais ajustes, seja durante a tramitação do PLOA 2025 ou mesmo na execução orçamentária”.

Dotações mínimas – foi verificada a existência de inúmeras programações com valores apenas simbólicos. Mas, de acordo com a legislação, no caso de projetos, os recursos alocados devem viabilizar a conclusão de, no mínimo, uma etapa útil ou a obtenção de uma unidade completa. Além disso, a legislação determina que a insuficiência do valor priorizado para execução orçamentária da proposta ou plano de trabalho é hipótese de impedimento de ordem técnica. “Diante disso, alertamos os parlamentares acerca dos potenciais problemas que podem advir na execução orçamentária dessas emendas com valores simbólicos caso não sejam remanejados, sob risco de impedimento técnico, avaliação que caberá ao Executivo”.

Saiba mais sobre os relatórios setoriais:

Reportagem - Silvia Mugnatto
Edição - Wilson Silveira

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