Consumidor

Comissão aprova prazo maior para garantia de mercadorias

20/12/2007 - 19:27  

A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou ontem emendas do Senado ao Projeto de Lei 2390/03, do deputado Celso Russomanno (PP-SP), que amplia de 90 para 180 dias o prazo para o consumidor fazer reclamações de produtos com defeito. O texto original já fora aprovado pela Câmara. Como o Senado fez alterações, todas as comissões designadas para analisar o texto terão de examinar as modificações aprovadas pelos senadores.

O relator da matéria na comissão, deputado Barbosa Neto (PDT-PR), acatou as duas emendas aprovadas pelo Senado. A primeira define nova ementa para o projeto. A segunda desloca a definição de fornecedor para o artigo 3º do Código de Defesa do Consumidor e estende a garantia após o atendimento da reclamação do consumidor. Na prática, a segunda emenda do Senado estende o prazo de garantia para 180 dias após o conserto do produto.

Prestação de serviços
A medida também se aplica à prestação de serviços, para que os fornecedores sejam obrigados a prestar assistência por um período maior, como no caso de conserto de eletrodomésticos e eletrônicos.

Para o relator, as modificações do Senado "contribuem para o aperfeiçoamento do Código de Defesa do Consumidor". O objetivo do projeto é aumentar as chances de proteção ao direito do consumidor. Segundo Russomanno, "existem produtos duráveis que levam mais tempo para apresentar defeitos".

Fornecedor
A proposta também altera o conceito de fornecedor, o qual passa a ser entendido como quem coloca no mercado produtos novos e usados, fazendo disso seu negócio. O objetivo é oferecer proteção legal ao consumidor que adquirir produtos usados. Atualmente, essa proteção existe apenas no caso da compra de mercadorias novas.

Para Russomanno, o aumento do desemprego, associado à queda do rendimento dos trabalhadores, estimulou o comércio de produtos usados, especialmente os de consumo durável. "Propomos a ampliação do conceito de fornecedor para que os consumidores de produtos usados também tenham seus direitos assegurados", reforçou.

Tramitação
Antes de seguir para o Plenário, o texto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Reportagem - Antonio Barros
Edição - Francisco Brandão

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