Comissões discutem gasoduto de Manaus a Porto Velho
26/11/2007 - 20:30
As comissões da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional; e de Minas e Energia vão discutir nesta quinta-feira (29) a extensão do Gasoduto Urucu-Manaus até Rondônia.
A obra do gasoduto Urucu-Manaus, que levará gás natural da província petrolífera de Urucu, no município de Coari, no Amazonas, até a capital do estado, começou em meados do ano passado. Sua conclusão, com 670 quilômetros, está prevista para abril de 2008, podendo gerar cerca de 6 mil empregos diretos e 10 mil indiretos. Em sua primeira fase de operação, o gasoduto transportará 4,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Energia elétrica
O principal destino do insumo será a produção de energia elétrica, em termelétricas, para atender Manaus e os municípios pelos quais passará a tubulação, beneficiando cerca de 1,5 milhão de pessoas. O investimento total previsto para obra é de R$ 2,4 bilhões.
O deputado Mauro Nazif (PSB-RO) um dos autores para a realização da audiência pública, assinala que as reservas de gás natural existentes na bacia do Solimões vão garantir inicialmente a entrega ao mercado de um volume máximo de 7,5 milhões de metros cúbicos por dia durante 20 anos, que podem ser escoados na sua totalidade pelos gasodutos Urucu-Coari-Manaus e Urucu-Porto Velho (RO).
Além disso, o parlamentar enfatiza a importância do gás natural como fonte de energia de indiscutível vantagem ambiental e a relevância da ampliação de sua participação na matriz energética brasileira. Para Nazif, o gasoduto contribuirá para geração de energia elétrica a um custo inferior ao atualmente praticado, e reduzirá a necessidade de subsídios aos custos de produção de energia elétrica na região Norte.
Gás de Urucum
Já o deputado Eduardo Valverde (PT-RO) quer ouvir os representantes da
Eletrobrás e da Eletronorte para prestarem esclarecimentos sobre a potencialidade das reservas de gás de urucum, no Amazonas, para abastecerem os mercados de Manaus e de Porto Velho.
Ele ressalta que, segundo notícias veiculadas pela imprensa, os 7 milhões de metros cúbicos diários passíveis de serem produzidos na reserva de urucum são insuficientes para abastecer os mercados das duas capitais.
Convidados
Confirmaram presença na audiência pública:
- o presidente da Eletrobrás, Valter Luiz Cardeal de Souza;
- o presidente da Eletronorte, Carlos Raimundo Alburquerque Nascimento; e
- o presidente da Companhia Rondoniense de Gás S/ A (Rongás), José Sanguanini;
Também vão participar representantes da Casa Civil, do ministério de Minas e Energia e da Petrobras.
O debate está previsto para as 10 horas, no plenário 15.
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Da Redação
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