Agropecuária

Comissão aprova projeto que atualiza regras para definição do preço do leite pago ao produtor

A proposta ainda precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados

29/08/2024 - 13:18  

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Deputada Ana Paula Leão fala ao microfone
Ana Paula Leão recomendou a aprovação da proposta

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4036/23, que estabelece quais adicionais podem ser incluídos no preço do leite a ser informado ao produtor pelas empresas de beneficiamento e comércio de laticínios.

A relatora, deputada Ana Paula Leão (PP-MG), recomendou a aprovação. “Essa proposta protege o produtor rural e incentiva a produção leiteira sustentável, ética e de qualidade, beneficiando a cadeia produtiva e os consumidores”, disse.

O texto atualiza a Lei 12.669/12, que torna obrigatória a informação antecipada do preço a ao produtor de leite. Assim, a composição do preço poderá incluir adicionais de:

  • qualidade;
  • volume;
  • distância;
  • serviços ambientais; e
  • bem-estar animal.

Por outro lado, será vedado o acréscimo de adicionais de mercado e de outros não relacionados diretamente à produção ou à qualidade do leite.

As empresas deverão ainda disponibilizar ao produtor, com pelo menos 15 dias de antecedência da entrega, a metodologia e os parâmetros utilizados. Na falta disso, terão de remunerar o produtor pelo maior valor praticado no mercado.

“Garantir transparência, justiça e previsibilidade nas relações entre os produtores de leite e as empresas é uma medida não apenas econômica, mas socialmente estratégica”, afirmou o autor da proposta, deputado Daniel Agrobom (PL-GO).

“A produção de leite é fundamental para a economia agrícola e representa o sustento de inúmeras famílias, sobretudo em regiões onde a atividade leiteira é intensa”, explicou o parlamentar, ao defender as mudanças na legislação.

Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, também terá de ser aprovado pelo Senado.

Da Reportagem/RM
Edição – Natalia Doederlein

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