Política e Administração Pública

Para equipe do BID, País pode fazer mais gastando menos

Economistas reunidos com o presidente da Câmara e líderes partidários disseram que países sabotam seus próprios futuros ao gastar mal recursos públicos

05/11/2019 - 22:17  

Como melhorar os gastos públicos nos países da América Latina e Caribe e "fazer mais com menos"? Esse foi o tema da apresentação feita nesta terça-feira (5), na Residência Oficial da Câmara dos Deputados, por uma equipe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A uma audiência formada pela maioria dos líderes partidários, os economistas Alejandro Izquierdo, Carola Pessino e Guillermo Vuletin disseram que muitos governos latinos sabotam seus próprios futuros ao destinar boa parte de seus PIBs a gastos públicos em despesas correntes em vez de investimentos.

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia e líderes recebem economistas do BID

Segundo a equipe do BID, os gastos primários no Brasil cresceram 6,6% do PIB entre 2003 e 2015. Também de acordo com eles, o futuro do País fica anda mais comprometido uma vez que os gastos per capta com a terceira idade são muito superiores aos gastos com a juventude.

Entre as transferências consideradas por eles como "pró-ricos" estariam os subsídios e o pagamento das aposentadorias contributivas. Já entre as transferências "pró-pobres" estariam as aposentadorias não-contributivas e, principalmente, as transferências condicionadas.

Educação
Eles acrescentaram que no caso os gastos com educação, deveria-se gastar mais com educação básica e menos no ensino superior se o objetivo é beneficiar as crianças carentes e não as abastadas. Assim, os economistas recomendaram maior preocupação com as habilidades matemáticas e de linguagem dos professores; liberdade para os alunos escolherem suas escolas; remuneração maior para os melhores professores; e menos preocupação com padronização de conteúdo pedagógico, como formas de melhorar a educação nacional.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, elogiou o estudo. "São dados muito interessantes e eu acho que esse é o grande debate que a gente precisa fazer, o de como aplicar os recursos da sociedade", disse, acrescentando que a análise da equipe do BID é composta de "opiniões qualificadas que podem ajudar os parlamentares na construção das reformas".

Da Assessoria de Imprensa da Presidência da Câmara

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