Política e Administração Pública

Governo tenta impedir reajuste do imposto de renda

17/12/2014 - 17:18  

Zeca Ribeiro - Câmara dos Deputados
Votação das matérias pendentes, entre as quais a Medida Provisória 656/14, que faz várias mudanças na legislação tributária, como a prorrogação de incentivos tributários e regras para facilitar o crédito consignado na iniciativa privada. Dep. Henrique Fontana (PT-SP)
Fontana prometeu que o ministro de Relações Institucionais abriria discussão sobre um reajuste na tabela, que está sem alteração há 5 anos.

O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), tentou até o último minuto impedir a votação da emenda à Medida Provisória 656/14 que corrige os valores da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 6,5%. Era a última votação da MP, que ontem não pode ser concluída por esse item.

O líder apelou aos deputados e prometeu que o ministro das Relações Institucionais abriria uma discussão sobre um reajuste possível na tabela, que está sem reajustes há 5 anos. A Medida Provisória 644/14 corrigia o valor das faixas em 4,5%, mas ela perdeu a validade sem ter sido votada.

O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), estava disposto a pedir recontagem do quórum para impedir que o governo tivesse essa derrota, mas também apelou para que seu partido não fosse colocado contra o tema que é importante. “Nosso partido está ligado diretamente aos trabalhadores, e faríamos isso apenas para estabelecer uma negociação responsável”, disse.

O governo calcula que o custo da medida seja de R$ 6,4 bilhões, R$ 1 bilhão a mais do que custaria a MP anterior. “Mas 6,5% é a inflação do período, fora a defasagem do passado, estamos querendo ajudar a classe média que já está muito sacrificada”, defendeu o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).

Reportagem - Marcello Larcher
Edição – Regina Céli Assumpção

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