Política e Administração Pública

Líderes da oposição defendem voto aberto para análise de vetos

Para líderes do DEM e do PPS, a análise dos vetos pelo Congresso e todas as deliberações da Câmara devem ser por voto aberto.

21/08/2013 - 12:50   •   Atualizado em 21/08/2013 - 13:25

Os líderes do DEM e do PPS defenderam nesta quarta-feira (21) o voto aberto para a análise dos vetos presidencias e para todas as outras votações na Câmara.

"Poderemos apoiar o voto aberto para tudo, para comparar os votos com as emendas liberadas e nomeações em cargos, visando mais transparência", disse o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO). "Vou tentar sensibilizar minha bancada para isso", completou.

Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Lider do governo, Ronaldo Caiado  fala sobre segurança da Câmara dos Deputados
Caiado: votação de vetos não pode ser "moeda de troca".

Na visão de Caiado, a votação favorável dos parlamentares aos vetos da presidente Dilma Rousseff, ontem, foi moeda de troca para conseguir benefícios, como cargos e liberação de emendas. "Foi um voto mercenário, e não de convicção", opinou.

O voto aberto na análise dos vetos presidenciais e em todas as outras votações também foi defendido pelo líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). "O governo deve operar de forma transparente, e não às escondidas, como faz esse governo", afirmou.

O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), disse que a oposição deve "aceitar a derrota". "A viola foi afinada", disse, referindo-se à relação entre governo e base aliada.

Propostas em análise
A Câmara já analisa proposta que estabelece o voto aberto nas deliberações sobre vetos presidenciais. O texto ainda determina que, se a análise não for concluída dentro do prazo constitucional de 30 dias, os vetos perderão a validade automaticamente, devendo o texto aprovado pelo Legislativo ser reenviado na íntegra à Presidência da República para promulgação. As medidas estão previstas na PEC 242/13, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).

Hoje, será instalada a comissão especial que vai analisar outra PEC, a que institui o voto aberto nos processos de cassação de mandato parlamentar (196/12). Se aprovada, a matéria ainda deverá ser votada em dois turnos pelo Plenário.

Reportagem - Lara Haje
Edição - Daniella Cronemberger

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