Representação brasileira aprova cargo de Alto Representante-Geral do Mercosul
30/09/2011 - 10:17
A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou na última quarta-feira (28) a criação do cargo de Alto Representante-Geral do Mercosul. O cargo foi criado na cúpula de Foz do Iguaçu (PR), em dezembro de 2010, para representar o bloco em ações em que haja posições comuns entre os países-membros (Argentina, Brasil, Paraguai, e Uruguai).
O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães já havia sido designado para o cargo no início do ano. Ele foi secretário-executivo do Ministério das Relações Exteriores durante o Governo Lula, e chegou a ser ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos em 2010.
Pinheiro Guimarães foi designado pelo Conselho do Mercado Comum (CMC) para um período de três anos e este mandato poderá ser prorrogado por igual período, uma única vez, por decisão do Conselho. A escolha do Alto Representante-Geral do Mercosul respeitará o princípio da rotação de nacionalidades.
A estrutura de apoio será financiada pelos países-membros do Mercado Comum e uma de suas principais funções será articular as metas previstas no Plano de Ação para um Estatuto da Cidadania do Mercosul, também aprovadas pelo Conselho do Mercado Comum em 2010. As metas visam à integração maior dos cidadãos dos países-membros.
Funções do cargo
O Alto Representante-Geral terá ainda como funções apresentar propostas para o fortalecimento do Mercosul em áreas essenciais do processo de integração, propor iniciativas de divulgação do Mercado Comum, além de representar o Mercosul em suas relações com outros países, grupos de Estados e organismos internacionais. O Alto Representante poderá, ainda, coordenar missões do Mercosul para a promoção comercial e a observação de processos eleitorais.
O relator da Mensagem 370/11, que foi transformada no PDC 471/11, foi o presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, senador Roberto Requião (PMDB-PR), que recomendou sua aprovação.
Tramitação
O acordo ainda será analisado pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado em Plenário.
Reportagem-Marcello Larcher
Edição- Mariana Monteiro