Política e Administração Pública

Deputados ressaltam a democratização das Forças Armadas

09/03/2010 - 21:30  

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) disse que com a aprovação do PLP 543/09 as Forças Armadas brasileiras se igualarão àquelas das nações mais democráticas e desenvolvidas. Ele lembrou que a Constituição de 1988 encerrou o ciclo autoritário e definiu um papel democrático para as Forças Armadas, e depois foi criado o Ministério da Defesa, tirando dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica o status de ministros.

Marcondes Gadelha (PSC-PB) apoiou o projeto assinalando que a Defesa passa a ser assunto de toda a sociedade, não só militar.

O deputado José Genoíno (PT-SP) disse que a proposta  “traz a questão da Defesa para a agenda nacional”. Segundo ele, a modernização das Forças Armadas está em curso e constitui um grande avanço, inclusive nas relações, cada vez mais democráticas, entre os poderes civil e militar. Genoíno ressaltou que a aprovação do projeto representa um passo necessário para depois ser tratada a questão salarial das forças.

Críticas
Porém, a matéria não teve apoio unânime. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse não concordar com o poder de veto do ministro da Defesa quanto à escolha dos futuros oficiais generais. “O texto dá muita força ao ministro e nem sempre teremos a sorte de ter um como o Nelson Jobim. Já tivemos muitos ministros que foram desgraças”, afirmou.

Ele criticou também os salários dos militares: “Hoje um coronel da PM do Distrito Federal ganha mais que um almirante de esquadra”, comparou.

O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) alegou que não houve a devida discussão: “Esse projeto atropelou as comissões e as nossas consciências”, disse. “Por que não esperar o próximo governo, qual é a pressa?” questionou. De acordo com ele, o Senado “não admitirá uma tramitação açodada”.

Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição – João Pitella Junior

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