Ponto de Vista
22/11/2010
Gustavo Franco
Gustavo Franco foi presidente do Banco Central entre 1997 e 1999, durante o governo FHC, de onde saiu no momento em que começaria a desvalorização do Real. Ele diz que a taxa de câmbio e a taxa de juros não são fatores que podem ser determinados arbitrariamente pelo governo, e sim resultados de forças econômicas: há de se encontrar as taxas em que as contas se encaixam adequadamente. Segundo ele, as altas taxas de juros são uma versão mais branda da doença chamada hiperinflação, que o Brasil viveu antes do advento do Plano Real, e que para sanar de vez essa doença, só com a contenção dos gastos públicos, com atenção especial aos da Previdência Social, que já são altos, ao se considerar que o Brasil ainda é um país “jovem”, e se tornarão incontroláveis quando a população envelhecer.