Expressão Nacional
08/05/2012
Expressão Nacional discute trabalho escravo (bl.1)
O Brasil foi um dos primeiros países, entre os membros da Organização Internacional do Trabalho, a reconhecer a existência de trabalho escravo na zona rural e urbana. Mas isso não inibiu que fosse encontrado trabalho em situação semelhante à escravidão em todos os estados brasileiros, em atividades de mão-de-obra intensiva e não qualificada. No ano passado, o Ministério do Trabalho resgatou 2.271 trabalhadores explorados como escravos em 320 estabelecimentos. A maior parte se encontrava em atividades agropecuárias, carvoarias e em desmatamento. Mas de acordo com os dados da Comissão Pastoral da Terra, a fiscalização ainda é falha, e o número de pessoas em situação de trabalho escravo subiu de 3.854, em 2010, para 3.882 em 2011. Só a Região Centro-Oeste concentrou quase 50% dos trabalhadores resgatados 1.914. Isso sem considerar trabalhadores em situação semelhantes à escravidão nos grandes centros urbanos. A Organização dos Estados Americanos e a OIT pressionam o governo brasileiro para que medidas efetivas sejam tomadas para punir os empregadores que se utilizam desse tipo de mão-de-obra. As organizações também demonstram apoio à proposta de emenda à Constituição que tramita na Câmara que prevê expropriação de terras onde é constatado o crime – essas terras seriam destinadas à reforma agrária. A matéria aguarda a votação em segundo turno na Câmara dos Deputados. Com tantos casos e a concordância de que o trabalho escravo é degradante e desrespeita direitos básicos do ser humano, por que ainda há dificuldade em se aprovar a proposta?
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