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O Pantanal é a maior área úmida do planeta continental. Seus 210 mil km², 80% de áreas inundáveis, correspondem à soma das áreas de Bélgica, Suíça, Portugal e Holanda.

A Amazônia é uma floresta tropical úmida que se estende ao longo do rio Amazonas e seus afluentes. Ele é o eixo da Bacia Hidrográfica Amazônica e desce do alto dos Andes até o Oceano Atlântico. As águas que chegam ao mar correspondem a um sexto de toda a água doce que deságua nos oceanos do mundo todo. Ambos são Patrimônio Nacional e Patrimônio Natural da Humanidade pela sua importância para a sobrevivência do planeta e sua biodiversidade.

Apesar dessa grandiosidade, estamos falando de dois biomas extremamente complexos e delicados, que hoje são ameaçados pelo fogo e pela seca e podem estar perto de um ponto de não-retorno. Esse é aquele momento em que se chega a estágio crítico no qual as condições mudam de tal maneira que se torna impossível reverter para o estado anterior ou restaurar o equilíbrio original.

De acordo com cientistas, estamos vivendo um círculo vicioso: o El Niño muda o regime de águas, o aquecimento global faz subir as temperaturas e o desmatamento deixa o terreno propício a incêndios. É possível reverter esse quadro?

O Expressão Nacional faz essa pergunta para o deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) e para o professor do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília, José Francisco Gonçalves Júnior. Também participa da conversa a pesquisadora do Centro de Pesquisas do Pantanal, Cátia Nunes da Cunha.