Programas da TV Câmara

A onda das celebridades candidatas a cargos políticos que tomou conta da campanha terminou com a eleição de alguns dos nomes mais polêmicos e com o fracasso nas urnas de famosos que tiveram poucos votos. Destaque para o palhaço Tiririca, do PR, que superou um milhão e trezentos mil votos e é o candidato a deputado federal mais votado do País.
Com a fama conquistada nos campos de futebol, o ex-jogador Romário, do PSB, foi um dos candidatos a deputado federal mais votados no Rio de Janeiro. Das telas de TV para a Câmara virão o ex-big brother Jean Willis e o ator Stepan Nercessian.
Grande expectativa entre as celebridades que disputaram esta eleição, o pagodeiro Netinho, foi o terceiro mais votado em São Paulo, mas não conseguiu votos suficientes para conquistar uma vaga no Senado.
Entre os que tiveram pouco brilho nesta eleição: os cantores Agnaldo Timoteo, Reginaldo Rossi e o sertanejo Renner fracassaram nas urnas. Os irmãos Leandro e Kiko da banda KLB também ficaram de fora. Assim como o ex-pugilista Popó, que não conseguiu votos suficientes para deputado federal. A funkeira carioca Tati Quebra-barraco e a Mulher Melão, candidatas a deputadas estaduais pelo Rio, também não conseguiram que a fama conquistasse os eleitores.
Para o historiador Antonio Barbosa, a eleição de Tiririca mostra a face mais visível do que somos como nação e nossa deficiência educacional, que reflete em frágil cultura política. Para o analista político Antônio Augusto de Queiroz, as celebridades só ingressam na política para angariar ainda mais fama. Geralmente têm baixo índice de reeleição e vida fugaz no mundo artístico. Entretanto, há famosos como Clodovil, que deu contribuições e apresentou propostas interessantes. O sociólogo Antônio Flávio Testa acredita que a busca dos partidos por celebridades visa a aumentar o quociente eleitoral. Por isso, ele defende a extinção do voto proporcional.

CRÉDITO:
Vera Morgado - repórter
Mariana Przytyk- repórter
Paula Bittar - repórter

Antônio Barbosa - professor de História – UnB
Antônio Augusto de Queiroz - analista político – DIAP
Antônio Flávio Testa - sociólogo