Programas da TV Câmara

Qual impacto a escolha que você fez nas urnas teve aqui na Câmara? Quanto mudou? As respostas podem ajudar a entender e a desvendar a nova cara da Câmara dos Deputados.

513 deputados federais. No ano que vem, 223 serão novos. Antes das eleições, a expectativa era que a renovação ficasse na casa dos 52 aos 53%. Em 2015, ficou em 43,5%. Realidade distante da previsão do Diap. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar estuda o Congresso há mais de 30 anos e mesmo assim foi surpreendido. Olhando mais de perto, há uma mudança importante: repare na relação PT-PMDB-e-PSDB. Depois da eleição, o PT perdeu 18 deputados. O PMDB perdeu 5. Mas o PSDB ganhou 10. Esses três partidos serão os maiores da Câmara. Quem chama a atenção para esse quadro é Antônio Augusto de Queiroz, do Diap.
“Pelo menos metade dos 100 parlamentares mais influentes não estarão presentes na próxima legislatura: seja porque não disputaram nenhuma eleição, como é o caso do Inocêncio de Oliveira; seja porque disputaram outros cargos, caso do presidente da casa, o Henrique Alves; seja porque perderam a eleição, é o caso do Roberto Freire e do Vaccarezza. Então há uma renovação muito significativa, tanto das lideranças quanto do ponto de vista numérico."

E, se houve mudança de deputados, o quadro de partidário também se alterou. Hoje, 22 partidos têm representantes na Câmara. Em 2015, vão ser 28. PHS, PTN, PTC, PSDC, PRTB e PSL elegeram juntos 15 parlamentares. Mais partidos pode exigir mais negociação. Quem avisa é Mozart Vianna, secretário geral da mesa.

"Nada mais natural do que a troca de ideias, a negociação política legítima, né?, para a co-formação. Ou seja, isso se chama co-governança. Então, eventualmente, seguramente, um novo presidente da República eleito agora, qualquer que seja ele, ele vai tentar formatar uma base majoritária de apoio ao seu governo"