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21/08/2014

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CPMI da Petrobras vai investigar denúncias sobre Foster e Cerveró

Segundo o jornal O Globo, entre março e abril deste ano, Graça Foster e Nestor Cerveró doaram apartamentos a familiares. As transações começaram a ser feitas logo depois da explosão do escândalo da compra da Refinaria de Passadena, que segundo o Tribunal de Contas da União gerou um prejuízo de quase 800 milhões de dólares para a Petrobrás. O deputado Rubens Bueno acusou os diretores de fazer as doações de 5 apartamentos a parentes para impedir que os imóveis pudessem ser confiscados pela justiça para ressarcimento dos cofres públicos. Ele afirmou que pretende anular essas transações na justiça.

“A CPMI vai pedir aos cartórios do Rio de Janeiro, que dê certidões dando esta informação concreta, formal, para que nós possamos comunicar ao ministério público federal o imediato cancelamento dessas doações a familiares, que se procederam depois de março desse ano, quando a denúncia já estava na rua.”

O presidente interino da CPMI, senador Gim Argello, confirmou que a CMPI vai investigar as denúncias, que ele classificou como gravíssimas.

“É grave, é muito grave. Chega a ser gravíssimo. Não é possível que logo no dia seguinte que se tem uma denúncia dessa gravidade, logo após, no dia seguinte, quando estourou no veículos de imprensa essa denúncia, as pessoas tiraram seus nomes dos imóveis. Então não é normal fazer isso.”

A Petrobras divulgou nota oficial negando que Graça Foster tenha feito qualquer movimentação patrimonial com intenção de burlar decisão do TCU. Lembra também que ela não estava incluída pelo TRIBUNAL DE CONTAS entre potenciais responsáveis por supostos atos danosos ao patrimônio da empresa. Ainda segundo a nota, desde junho de 2013, Foster já vinha providenciando a documentação para a doação dos imóveis, e assegura que este tipo de transação não é ilegal.

O presidente interiono da CPMI informou ainda que o próximo passo será ouvir o doleiro Alberto Yousseff e sua contadora, Meire Poza. Os parlamentares querem saber se os mais de 700 contratos feitos pelo doleiro com a Petrobrás possuem alguma irregularidade. O relator da CPMI, deputado Marco Maia, quer confrontar os depoimentos do doleiro e de sua contadora para esclarecer as contradições.

“Eu até pretendo, se o presidente assim entender, trazer primeiro o Yousseff, ouvir o que tem a dizer o doleiro, pra depois nós confrontarmos com as informações que foram apresentadas pela contadora. Mas esta é uma decisão do presidente.”

Reportagem: Marcelo Westphalen
Edição: Tião Vicente

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