Câmara Hoje
18/06/2014
Youssef será ouvido pelo Conselho de Ética por videoconferência
O doleiro Alberto Youssef, que está preso no Paraná, será ouvido pelos deputados do Conselho de Ética da Câmara por meio de vídeoconferência, no dia 1 de julho. Youssef foi preso pela Polícia Federal em março durante a operação lava-jato da Polícia Federal que investigava crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os deputados do conselho tiveram autorização da justiça para realizar a oitiva que faz parte do processo contra o deputado Andre Vargas (sem partido/PR), suspeito de envolvimento com o doleiro.
O Conselho de Ética apura se o deputado André Vargas teria se aproveitado de vantagens oferecidas pelo doleiro. Segundo denúncias da imprensa, Vargas teria viajado de férias com a família em um jatinho de Alberto Yousseff. E intermediado negócios do interesse do doleiro junto ao Ministério da Saúde, por meio do laboratório Labogen. Quando as denúncias foram divulgadas, André Vargas era primeiro vice-presidente da Câmara e renunciou ao cargo. O deputado também se desfiliou do Partido dos Trabalhadores, depois de integrar os quadros do PT por 24 anos. Nesta quarta-feira, nenhuma das sete testemunhas convidadas pelo relator, deputado Julio Delgado compareceu à reunião. O conselho de Ética já repetiu o convite para a próxima quarta-feira. E o relator do caso, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), explica que as reuniões contam como prazo para as oitivas.
Na reunião de hoje do conselho, nenhum dos convidados compareceu. Os convidados eram o Secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério Da Saúde, Carlos Gadelha, que teria intermediado as negociações com o laboratório Labogen; o presidente do PT, Rui Falcão; o líder do partido na Câmara, deputado Vicentinho; o deputado Cândido Vaccarezza, também do PT; Bernardo Tosto, dono do jatinho usado por Vargas; e Leonardo Meireles e Esdras Ferreira, donos do Labogen. Das sete testemunhas, duas apresentaram razões para não comparecer e as demais não responderam ao convite. Os integrantes do conselho analisam a possibilidade de mudar o regimento da Casa para que o colegiado tenha poder de convocar e não apenas convidar testemunhas.