Câmara Hoje
16/11/2010
Câmara debate Acordo Internacional do Café
O café chegou ao norte do Brasil no século 18. O clima favorável fez o cultivo se espalhar pelo País. O grão chegou a ser o principal produto da economia nacional. Hoje, 16 estados produzem o fruto, sendo que 53% do que o Brasil colhe vem de Minas Gerais.
O Brasil é o maior produtor de café do mundo. E o segundo maior consumidor. Mas os produtores enfrentam um problema comum a outros setores do agronegócio: dívidas. Um dos motivos é a diferença entre o quanto o produtor gasta para produzir e o baixo preço da saca de café na hora de vender.
O aquecimento global também ameaça o plantio. Estudo da Embrapa mostra que a produção de café no Brasil pode ter queda de 92% até 2100 se não forem adotadas práticas agrícolas mais eficientes.
Uma preocupação atual do setor é o Acordo Internacional do Café de 2007, que está em análise na Câmara e divide a opinião de especialistas. Um dos objetivos do documento é fortalecer a Organização Internacional do Café como fórum para resolver questões entre países produtores.
Uma audiência pública das Comissões de Agricultura e de Relações Exteriores da Câmara discute hoje (16/11) à tarde a assinatura desse acordo. O debate foi proposto pelo deputado Carlos Melles (DEM-MG). O parlamentar acha importante o Congresso Nacional ratificar o acordo, porque o Executivo já assinou o documento; mas defende que a Organização Internacional do Café cumpra melhor seu papel de regular a procura e oferta do produto. “É preciso dar sustentabilidade à produção de café sob o enfoque econômico, social e ambiental”. Carlos Melles lembra que o café está na moda, por ser um alimento antioxidante, energizante e anticancerígeno, que emprega mais de 8 milhões de brasileiros. “Como maior produtor, o Brasil deve assumir com maior responsabilidade uma política que regule bem a produção no Brasil e no mundo”, declara.
Créditos:
- Deputado Carlos Melles (DEM-RS)
- Mariana Przytyk - repórter