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A descriminalização do aborto, que voltou a gerar polêmica nestas eleições, foi tema de um seminário promovido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vinculado ao Ministério do Planejamento. No encontro, os participantes defenderam a imediata criação do Conselho Nacional de Bioética. Segundo eles, o conselho é fundamental para que o Brasil avance em discussões como a do aborto e a do uso de células-tronco.
Para que o Brasil possa avançar no debate sobre criação de políticas públicas relativas a temas como células-tronco e aborto, é urgente a criação de um Conselho Nacional de Bioética. Um projeto do Executivo, que trata do assunto e que foi enviado ao Congresso em 2005 ainda não foi votado. Para o representante do Comitê de Bioética da Unesco, Volney Garrafa, iniciativas isoladas de parlamentares contra e a favor de temas polêmicos impedem o avanço das discussões. Ele defende a criação do Conselho como forma de aprofundar o debate sobre temas como o aborto.
O assessor da Presidência da República Swedenberger Barbosa defende que o futuro da bioética no País deve envolver políticas públicas em favor da cidadania e da saúde.
O deputado Roberto Britto, autor de um projeto que cria um banco de cordão umbilical, defende pesquisas com células-tronco.

Créditos:
- Volney Garrafa - Comitê Internacional de Bioética da Unesco
- Swedenberger Barbosa - chefe de gabinete adjunto da Presidência da República
- Deputado Roberto Britto (PP-BA)