Câmara Hoje
27/05/2010
Qualidade dos serviços de ortodontia no Brasil preocupa deputados
O número de dentistas no Brasil é um dos maiores do mundo, e esses profissionais atendem cada vez mais pacientes. Além do tratamento preventivo, muitas pessoas chegam aos consultórios com o objetivo de melhorar a estética, e nesse campo atuam os ortodontistas. Colocar um aparelho nos dentes tornou-se comum e mais barato, mas essa facilidade às vezes esbarra na baixa qualidade do serviço, causando problemas.
A busca pelo sorriso perfeito muitas vezes vira ranger de dentes. No Conselho de Odontologia de São Paulo, a ortodontia só perde para os implantes em número de reclamações.
A qualidade do ensino da ortodontia foi debatida na Comissão de Saúde da Câmara. No Brasil são mais de 500 cursos de pós-graduação na área. A maioria segue o padrão estabelecido pelo MEC, que é de 360 horas para qualquer curso de especialização. Esse tempo de aula é considerado insuficiente pelo presidente da Associação Brasileira de Ortodontia.
Mas a carga horária dos cursos não deve ser mudada. O representante do MEC defendeu que as especialidades da odontologia sejam mais bem divididas e tenham critérios diferentes.
O deputado Wilson Picler (PDT-PR) já anunciou uma tentativa de atender à reivindicação do conselho.
Enquanto a lei não muda, é preciso ter cuidado antes de começar o tratamento dentário.
Créditos:
- Saulo Teles - ortodontista
- Hanna Costa - repórter
- Ronaldo da Veiga Jardim - presidente da Associação Brasileira de Ortodontia (Abor)
- Paulo Roberto Wollinger - Ministério da Educação
- Deputado Wilson Picler (PDT-PR)
Texto atualizado em 28/05, às 15h49