Câmara Hoje
18/06/2009
Direitos Humanos realiza debate sobre repressão política
A luta pela localização dos restos dos mortos na Guerrilha do Araguaia voltou a ser discutida pela Câmara nesta quinta-feira (18/05). Parentes dos militantes participaram de audiência na Comissão de Direitos Humanos.
Na década de 1970, aproximadamente 80 manifestantes contrários ao Regime Militar imposto no Brasil formaram um grupo que provocou várias ações guerilheiras numa região próxima ao Rio Araguaia, na divisa entre os atuais estados do Pará, Maranhão e Tocantins. Esse movimento armado, batizado de Guerrilha do Araguaia, foi duramente sufocado pelas Forças Armadas. Pelo menos 58 guerrilheiros, a maioria deles militantes do PCdoB, desapareceram. Os corpos nunca foram localizados. Nesta quinta, a Comissão de Direitos Humanos realizou uma audiência pública para relembrar a Guerrilha. Parentes de guerrilheiros pediram ajuda para encontrar os restos mortais dos militantes.
Durante a reunião também se discutiu a possibilidade de se abrir arquivos da ditadura que hoje são considerados secretos. Esses arquivos podem ser úteis na busca pelos restos mortais dos militantes e para entender melhor esse momento importante na história recente do Brasil.
Para o diretor do Arquivo Nacional, Jaime Antunes da Silva, além das dificuldades em conseguir autorizações para tornar os documentos públicos, vários deles foram destruídos, se perderam ou estão desorganizados, espalhados por arquivos em todo o País.
Créditos:
- Iara Xavier - parente de militante desaparecido
- Bruno Angrisano - repórter
- Deputado Pedro Wilson (PT-GO)
- Deputado Luiz Couto (PT-PB) - presidente da Comissão de Direitos Humanos