30/07/2019 - 19h00
A poesia crítica de Nicolas Behr e Kika Sena
Nicolas Behr é um símbolo. Para quem vive em Brasília há muitos anos, impossível deixar de associar sua figura à expressão poética, aos movimentos culturais e ambientais da cidade e à própria paisagem urbana, suas quadras, ruas e jardins, seus bares e cinemas, citados pelo autor em diversos de seus poemas. Nicolas Behr é prolífico.
Além de sua vasta produção em mimeografia nos anos 70, publicou dezenas de livros de poesia e atuou em alguns filmes, entre os quais um documentário sobre sua obra, realizado por Danyella Proença, Brasília (2010).
Kika Sena, em suas próprias palavras: “Eu sou a primavera! Sereia vulcânica atlântica aflita. Mulher trans e travesti periférica. Performer, poeta e ousada”.
Nesta entrevista, a poeta Kika Sena declama poemas de sua autoria e relembra o momento em que começou a se expressar através da escrita, com cartas de amor ainda na infância, destacando a importância da linguagem corporal em suas apresentações, sempre performáticas. De grande rigor poético, sua escrita é um jorro sinestésico a irromper da dor, convulsionante e indefinível para quem se recusa a reproduzir os clichês.