Revista da Câmara

Impeachment e posse - Semana agitada aqui em Brasília com três diferentes presidentes da República. Dilma Rousseff foi cassada. Michel temer tomou posse e viajou. E o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumiu a presidência da República até a próxima terça-feira. Antes de embarcar para a China, o presidente Michel Temer se reuniu com ministros. A posse de Temer foi um pouco mais cedo, no plenário do Senado Federal, que ficou pequeno pra tanta gente. O mandato dele vai até dezembro de 2018.

Direitos políticos - Dilma Rousseff perdeu o mandato por 61 votos a 20, mas não os direitos políticos. Eles foram mantidos pelos senadores numa decisão inédita que será contestada por governistas no Supremo Tribunal Federal. Por decisão do novo presidente do PMDB, senador Romero Jucá, o partido também assinou o mandado de segurança elaborado pelo PSDB para questionar no Supremo Tribunal Federal a segunda votação do julgamento de impeachment, que manteve a habilitação política de Dilma Rousseff. Além de PSDB e PMDB, também assinam o recurso DEM e PPS. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, diz acreditar que a decisão do Senado, se mantida, vai afetar futuros processos de cassação.

Participação popular - Casa cheia no parlamento, mas nas ruas, não. Desta vez, o esquema tradicional de segurança na Esplanada dos Ministérios serviu apenas para complicar o trânsito. 60 pessoas se dividiam dos dois lados do muro erguido pela Polícia Militar. Várias etapas, tanto na Câmara como no Senado, foram necessárias para chegar ao impeachment de Dilma Rousseff. O Supremo Tribunal Federal também foi chamado a participar e, em vários momentos os manifestantes - que desta vez não apareceram - estiveram nas ruas.

Defesa - Na defesa que fez pessoalmente no parlamento, Dilma Rousseff sustentou o argumento de que o impeachment é um golpe e uma vingança política. A defesa da ex-presidente entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal pedindo que o resultado do impeachment seja anulado e que seja determinada uma nova votação.