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10/11/2014

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Bancada feminina faz balanço desta legislatura

A bancada feminina da Câmara se reuniu para fazer um balanço da legislatura e estabelecer as prioridades para o próximo ano. As deputadas se mostraram decepcionadas com o resultado das urnas e com o pequeno número de mulheres eleitas. Mas, apesar de poucas, elas prometem muito trabalho e muita luta na garantia dos direitos e da representação das mulheres no Congresso.

Em um universo essencialmente masculino, elas trabalham para fazer a diferença. E é preciso ser persistente. Hoje, na Câmara, são 466 homens e apenas 47 mulheres. Uma batalha DIFÍCIL, cheia de desafios.

“Um dos principais desafios é a visibilidade. A bancada não pode ser lembrada só no mês da mulher ou no dia da mulher”, afirma a dep. Professora Dorinha (DEM/TO).

Ocupar mais espaço era um dos objetivos nas eleições de outubro. Mas aí veio a decepção. Apenas 51 deputadas foram eleitas, contra 47 que saíram das urnas em 2010. Um avanço pequeno, que surpreendeu as deputadas.

“É o poder econômico que determina o processo eleitoral e ainda as mulheres não são vistas como figuras potenciais que podem ajudar a sociedade”, diz a dep. Jô Moraes (PC do B/MG).

Quem acompanhou a propaganda eleitoral, viu que o número de mulheres candidatas esse ano era grande. Mas poucas chegaram lá. A deputada Professora Dorinha explica porquê.

“Passa pela questão do financiamento, dos partidos que são dominados por homens, que normalmente escolhem mulheres só para os 30%.”

Os 30% a que a deputada se refere estão previstos na lei eleitoral de 2010 que obriga todos os partidos a terem essa cota mínima de candidaturas femininas.

Dep. Professora Dorinha: “É comum as mulheres participaram das campanhas só para contar o número e o percentual garantido das candidaturas. Nós temos que garantir não só o percentual de candidaturas, mas de ocupação efetiva de espaço nas câmaras legislativas, nas assembleias e aqui no Congresso.”

Para isso, algumas deputadas apresentaram projetos determinando que as 513 vagas da Câmara sejam ocupadas proporcionalmente entre homens e mulheres. E enquanto os projetos não são votados, elas abrem outras frentes: já elegeram como prioridades para o ano que vem: a votação da reforma política e a ocupação de cargos na mesa diretora da Câmara.

Dep. Jô Moraes: “É a briga principal. Vamos apresentar propostas de pauta e nesse debate nós queremos fazer de qualquer forma esse reconhecimento por parte da mesa e dos deputados. Queremos um cargo na Mesa. “

Reportagem — Dulce Queiroz

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