Câmara Hoje
22/09/2014
CPI da Petrobras mantém encontro com Lewandowski
O acesso aos documentos da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa era considerado essencial pelos integrantes da CPI mista que investiga denúncias contra a Petrobras. Na semana passada, Costa, que está preso no Paraná, foi convocado a depor na CPI, mas usou o direito de permanecer calado para não se incriminar. Com isso, os deputados e senadores que compõem a comissão de inquérito não conseguiram avançar na investigação. Na delação premiada, o acusado pode receber benefícios, como redução de pena, em troca de informações. Segundo reportagem da revista Veja, Paulo Roberto Costa, que foi preso na Operação Lava Jato contra lavagem de dinheiro, teria acusado autoridades, como parlamentares e governadores, de envolvimento em suposto esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
Mas, nesta segunda-feira, o juiz Sérgio Moro, que coordena o processo da Operação Lava Jato na Justiça Federal do Paraná, negou o acesso da CPI ao conteúdo da delação premiada. Segundo Moro, apesar de reconhecer o papel importante da CPI na investigação criminal, as informações da delação ainda estão em sigilo e não foram homologadas pela Justiça. Apesar disso, continua marcada para esta terça-feira reunião entre os integrantes da CPI, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os parlamentares querem reforçar a necessidade de a comissão ter acesso imediato aos documentos da delação premiada.
Reportagem: Paula Bittar