Câmara Hoje
14/07/2014
Mulheres pedem regulamentação da atividade de parteira
O parto sem cirurgia é cada vez mais raro no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, representa apenas 48% de todos os nascimentos no país. Mas, em muitas regiões, o parto natural ainda é uma realidade e conta com a ajuda de uma figura tradicional, que não tem formação acadêmica: a parteira.
E qual a remuneração de uma parteira tradicional? Quanto ganham essas mulheres que, ao longo da vida, ajudam tantas outras nesse momento tão especial que é a hora do parto? Muitas vezes, elas não recebem nada pelo trabalho. Muitas experiências foram contadas num encontro realizado no Congresso Nacional. Aqui, as mulheres defenderam o reconhecimento em lei do trabalho das parteiras tradicionais.
Estima-se que só no Norte e no Nordeste do Brasil elas sejam 60 mil. Mas ela faz um alerta: no estado de Goiás, a rejeição institucional ao trabalho das parteiras nas últimas décadas está levando esse ofício à extinção.
Mas a regulamentação da atividade de parteira tradicional não é um consenso nem entre quem defende o parto sem cirurgia. É o caso do deputado Dr. Rosinha, que é pediatra. Ele entende que, mesmo em condições ótimas de saúde da mãe e do bebê, o parto normal deve ser feito no hospital com profissionais da área da saúde.