Programas da Rádio Câmara

Primo-irmão do samba, o maxixe – também conhecido como “tango brasileiro” e “corta-jaca” – é um misto de ritmo e dança surgido no fim do século XIX. Para muitos pesquisadores, o primeiro registro oficial de um samba – “Pelo telefone”, de Donga, em 1916 – era um “batuque amaxixado”. Samba da Minha Terra resgata desde os registros de maxixes históricos até a incursão de renomados sambistas (Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho...) e de gerações bem mais novas (Moyseis Marques, Teresa Cristina, Pedro Miranda, Mônica Salmaso, Zélia Duncan...) ao bom e velho maxixe. O quadro “poesia do samba” se ajoelha para ouvir uma obra-prima da chamada “Santíssima Trindade do Samba” (Pixinguinha, Donga e João da Bahiana), misturando todos esses ritmos primordiais da cultura brasileira.

MÚSICAS

Corta-jaca (Chiquinha Gonzaga e Machado Careca), com Lysia Conde
Memórias conjugais (Paulinho da Viola), idem
Maxixe de Zeferina (Chiquinha Gonzaga), com Beth Carvalho e Maria Tereza Madeira
Gosto que me enrosco (Sinhô e Heitor dos Prazeres), com Zeca Pagodinho, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda
Cassino maxixe (Sinhô), com Francisco Alves
As laranjas de Sabina (Artur Azevedo), com Ana Eliza Colomar
Maxixe de ferro / Maxixe Aristocrático (José Nunes) (instrumental)
Pelo telefone (Donga) (registro de 1916)
Maxixe (Ernesto Pires), idem
Meu rádio e meu mulato (Herivelto Martins), com Zélia Duncan
Panos e planos (Moyseis Marques), idem
Maxixe nagô (Zeca Baleiro e Marcos Vaz), com Jurema Paes
Um calo de estimação (Zé da Zilda e José Thadeu), com Teresa Cristina e Pedro Miranda
Os quindins de Iaiá e No tabuleiro da baiana (Ary Barroso), com Casuarina
Moro na roça (Xangô da Mangueira e Zagaia), com Pedro Miranda e Mônica Salmaso
Patrão, prenda seu gado (Pixinguinha, Donga e João da Bahiana)
Se conforme com o desprezo (Monarco), idem
Doce na feira (Jair do Cavaquinho), idem
Panos e planos (Moyseis Marques), com Moyseis Marques e Mônica Salmaso

Edição, apresentação e pesquisa - José Carlos Oliveira