Participação Popular
Internação compulsória dos usuários de crack
28/01/2013 - 18h00
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Internação compulsória dos usuários de crack
A questão do crack transformou-se em problema de saúde pública. Há quem compare o crescimento do consumo dessa substância a uma epidemia, uma vez que as características se assemelham a um mal que se espalha vertiginosamente e para o qual ainda não existe tratamento eficaz. As autoridades públicas simplesmente ainda não sabem o que fazer. O governo de São Paulo, num gesto que beira o desespero diante da falta de controle, resolveu partir para uma solução ousada e polêmica: a internação compulsória dos usuários de crack. Moradores de rua com dependência química serão recolhidos, encaminhados a um centro de triagem e, caso se comprove a necessidade de internação, ela ocorrerá, mesmo contra a vontade do dependente.
O problema é que a decisão gera controvérsias porque transita entre a liberdade individual e a segurança coletiva. Os que são a favor dizem que o dependente de crack não tem discernimento para decidir sobre o seu próprio futuro, e é dever do estado intervir para assegurar a sua integridade física. Os que são contra alegam que o dependente continua mantendo seus direitos e a decisão pela internação compulsória esconderia uma política de limpeza social, especialmente às vésperas de eventos importantes como a Copa das Confederações, este ano, e a Copa do Mundo, no ano que vem.
Neste mês de janeiro, o Participação Popular é diário e vai ao ar, excepcionalmente, das 18h às 19h, pela TV e pela Rádio Câmara. Mande suas perguntas e sugestões pelo telefone 0800 619 619 ou pelo e-mail participacaopopular@camara.leg.br e pelo twitter @participacaopop. Acesse também o endereço www.tv.camara.leg.br e entre no nosso "videochat".
Apresentação: Fabrício Rocha