Participação Popular
Reprodução assistida
24/01/2013 - 18h00
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Reprodução assistida
Depois de manipular embriões ilegalmente para satisfazer suas pesquisas e de abusar sexualmente de dezenas de mulheres, o médico Roger Abeldemassih fugiu do país sem nenhuma punição. Recentemente, uma senhora de 61 anos deu à luz um casal de gêmeos por reprodução assistida – fato que causou polêmica em função da idade avançada. Na Itália, esse procedimento seria considerado ilegal. No Brasil, se o mesmo casal se candidatasse à adoção, seria rejeitado por conta da idade. Mas o médico que fez a inseminação não considerou essas questões.
No Brasil, faltam regras para orientar e fiscalizar as clínicas de reprodução humana. Os casais com boas condições financeiras têm acesso aos mais diversos tipos de tratamento – muitos permitidos por lei, e outros tantos, ilegais – como a escolha do sexo do bebê e os testes para escolha de características físicas, como olhos azuis, pele branca...
Por outro lado, mulheres pobres que têm problemas para ter filhos não têm acesso a esses tratamentos, que são caríssimos. Alguns hospitais do SUS oferecem o procedimento, mas a demanda é tão grande que torna quase impossível a realização bem sucedida da fertilização.
Até quando o Brasil vai continuar sem regulamentar estas questões? A reprodução assistida é, no Brasil, uma questão de classe? Consegue só quem tem dinheiro? E as questões éticas: idade do casal, seleção genética, manipulação e descarte de embriões? O que você acha? Dê sua opinião. Entre nesse debate.
Neste mês de janeiro, o Participação Popular é diário e vai ao ar, excepcionalmente, das 18h às 19h, pela TV e pela Rádio Câmara. Mande suas perguntas e sugestões pelo telefone 0800 619 619 ou pelo e-mail participacaopopular@camara.leg.br e pelo twitter @participacaopop. Acesse também o endereço www.tv.camara.leg.br e entre no nosso "videochat".
Apresentação: Fabrício Rocha