Painel Eletrônico
Ana Paula Lima defende políticas públicas para o enfrentamento do climatério
15/12/2025 -
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Entrevista - Dep. Ana Paula Lima (PT-SC)
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara aprovou o projeto que prevê a elaboração de protocolo clínico para o tratamento de sintomas do climatério no Sistema Único de Saúde. Dados do IBGE indicam que no Brasil são cerca de 17 milhões de mulheres no climatério, período entre os 40 e 65 anos. A autora da proposta, deputada Ana Paula Lima (PT-SC), afirma que havia uma lacuna sobre esse tema na legislação, por isso a importância desse projeto de lei.
A parlamentar acrescenta que ainda há muito tabu sobre o tema e que as mulheres precisam ser informadas sobre a chegada do período do climatério e suas consequências. Ela ressalta o papel do Ministério da Saúde na divulgação dessas informações, além da capacitação dos profissionais de saúde.
Ana Paula Lima observa que o Sistema Único de Saúde (SUS) já tem alguns tipos de tratamentos oferecidos às mulheres, mas ainda não é o suficiente. O protocolo previsto no projeto de lei vai fornecer a reposição hormonal às mulheres conforme a orientação médica. Ela aponta que atualmente, há outros repositórios hormonais que estão mais avançados e que podem ser fornecidos pelo SUS.
A deputada lembra que muitas mulheres têm sintomas como ondas de calor intensas, distúrbios de sono e alterações de humor que afetam suas relações tanto na família quanto no seu local de trabalho. Ela diz que o corpo é uma máquina, por isso a importância de fazer a reposição hormonal, principalmente do estrogênio e da progesterona.
A terapia hormonal aborda terapêuticas que são reconhecidas pelas entidades médicas como um relevante alívio desses sintomas e já foram, inclusive, avaliadas clinicamente. A própria deputada, que já chegou na fase do climatério, atesta que o tratamento promoveu melhoras em sua saúde.
Ela ressalta a importância da avaliação médica, já que algumas mulheres preferem o tratamento hormonal, outras optam pelos tratamentos naturais e outras não podem realizar a terapia hormonal por terem doenças crônicas.
Ana Paula Lima salienta que a incorporação da terapia hormonal pelo Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser tratada como um investimento no bem estar da população feminina, independentemente do seu custo. Ela alerta que, atualmente, muitas mulheres estão usando remédios psicotrópicos para enfrentar as consequências do climatério.
A parlamentar defende que mesmo as mulheres mais jovens devem ser incluídas nas políticas públicas de informação sobre o climatério, para que estejam preparadas para passar por essa fase.
Apesentação – Cláudio Ferreira