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A União Interparlamentar (UIP), a Câmara dos Deputados e o Senado Federal promovem reunião, nesta sexta-feira (14), com parlamentares de 47 países que participam da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Os participantes do encontro, que será realizado na Assembleia Legislativa do Pará, em Belém, irão debater como os parlamentos podem transformar os compromissos climáticos em ações concretas em cada país. Muitos dos acordos firmados entre os chefes do Executivo nas conferências mundiais sobre o clima dependem de aprovação de leis nacionais.

Em entrevista ao Painel Eletrônico (14), o vice-presidente da UIP Brasil, deputado Claudio Cajado (PP-BA), enfatizou esse papel parlamentar em eventos internacionais como a COP30.

“Esta é uma questão absolutamente urgente. Nós precisamos fazer com que o Acordo de Paris possa prevalecer e ser implementado na sua totalidade. Nós estamos com o problema do fundo para que os países ricos possam compensar os países pobres e aqueles que sofrem as consequências dos efeitos climáticos e principalmente a proteção das florestas tropicais, em especial a nossa querida Amazônia, onde essa COP se realiza. Portanto, é fundamental avançar nessa agenda climática e o Parlamento brasileiro. Ao final desse dia, teremos as nossas posições para que cada um leve aos seus respectivos parlamentos e possamos ter de comum acordo um sentimento que faça com que os deputados e senadores tenham uma mesma visão sobre esse assunto,” disse.

Claudio Cajado representou também a presidência da UIP no encontro, já que a presidente da entidade, Tulia Ackson, não pôde estar em Belém, por compromissos eleitorais em seu país, Tanzânia.

No encontro parlamentar, o senador Humberto Costa (PT-PE) será o relator dos trabalhos. A expectativa é que, ao final dos debates nesta sexta-feira, seja divulgado um documento de consenso entre os parlamentares sobre a questão climática.

Já a COP30 segue em Belém até 21 de novembro. Claudio Cajado, que já participou de mais de dez conferências do clima, disse estar confiante no andamento das negociações nesta 30ª edição do encontro. .

“Eu espero, sinceramente, que tanto a questão do fundo para a preservação das florestas quanto o apoio para a compensação aos países dos efeitos climáticos possam ser finalmente aprovados. Essa é a 16ª COP que eu participo. E eu não tenho dúvida nenhuma que nós estamos avançando. Obviamente que, quando você trata de diferenças culturais, diferenças do ponto de vista econômico de cada um dos países que participa e integra a COP, as Nações Unidas, nós temos que levar em consideração os interesses nacionais de cada um desses países, sem que precisemos entrar muito nas questões internas. Porém o consenso da maioria vai se formando até chegar um ponto que a minoria seja tão ínfima, tão pequena, que tenha que se submeter à vontade de todos,” avaliou.

Apresentação - Ana Raquel Macedo