Programas da Rádio Câmara

Vice-líder da oposição na Câmara, o deputado Capitão Alden (PL-BA) disse que os colegas de bancada devem defender a ampliação da faixa de quem estaria isento de pagamento de Imposto de Renda a partir de 2026. A proposta de reforma do imposto (PL 1087/25) é o único item da pauta do Plenário desta quarta-feira (1).

O texto que chega para votação foi aprovado em uma comissão especial na forma sugerida pelo relator, deputado Arthur Lira (PP-AL). Mas, no Plenário, já foram apresentadas mais de 50 emendas para modificar o projeto.

Em entrevista ao Painel Eletrônico (1), horas antes da votação, Capitão Alden informou que a oposição defende que a isenção do imposto seja estendida para quem ganha até R$ 10 mil por mês.

“Nós apresentaremos um destaque para ampliar essa isenção para quem ganha até R$ 10 mil. E qual seria a compensação? Muito simples, cortar na própria carne. O governo federal tem feito medidas que extrapolam qualquer gestão pública qualificada e eficiente. Só para você ter uma ideia, nós temos cerca de 38 ministérios. Isso gera um impacto financeiro para o país absurdo. O Brasil apresenta um déficit hoje de mais de R$ 70 bilhões. Nunca se gastou tanto no Brasil com programas sociais, isenção de imposto aqui ou acolá para determinados setores e isso impacta negativamente no próprio progresso do Brasil. Se nós reduzirmos a corrupção, se nós diminuirmos a máquina pública, eu tenho certeza absoluta que vai sobrar dinheiro no caixa,” argumentou.

Pelo texto aprovado na comissão especial, fica isento do pagamento do imposto quem ganha até R$ 5 mil por mês a partir de 2026. Quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350 vai pagar alíquotas reduzidas. Para compensar a redução, serão taxados mais os rendimentos daqueles que recebem mais de R$ 600 mil por ano, de forma gradativa, chegando a 10% para os que têm rendimento a partir de R$ 1,2 milhão ao ano.

Capitão Alden explicou que, para a oposição, a compensação não pode vir de ampliação da cobrança de imposto, ainda que para parcelas com maior rendimento.

“Nós precisamos unir esforços para derrubar essa possibilidade de mais uma taxação, ainda que seja em apenas 1% da população. É muito bonito o discurso, mas é esse 1% que gera riqueza, que gera renda que faz com que o produto chegue à mesa do cidadão brasileiro. É esse 1% que faz com que milhares de empregos sejam gerados. O que nós iremos sustentar até o final e usaremos todos os mecanismos regimentais para tirar isso de pauta e forçar o governo a apresentar concretamente outra solução,” afirmou.

A proposta de reforma do Imposto de Renda está em regime de urgência.

Apresentação - Ana Raquel Macedo