Programas da Rádio Câmara

A Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados reuniu nesta semana (10) representantes de empresas estatais e atletas para debater o patrocínio destinado ao esporte no país.

Em entrevista ao Painel Eletrônico (11), o autor do pedido para a realização da audiência, deputado Max Lemos (PDT-RJ), disse que o objetivo do encontro foi mostrar o retorno social e de imagem para as empresas ao investirem no esporte, especialmente com o horizonte de sanção presidencial do projeto que torna permanente a Lei de Incentivo ao Esporte (PLP 234/2024).

“É importante a população conhecer como funciona, que investimento está sendo feito, de que forma está sendo feito e, claro, provocar todos os dias que as empresas coloquem mais recurso. É uma questão de socialização das crianças e adolescentes, é uma questão de auxílio. Então a nossa expectativa é aumentar o investimento, é ter mais transparência e, mais do que nunca, com a legislação sendo sancionada, nós vamos ter tranquilidade para que as empresas possam continuar investindo,” disse.

A proposta que torna permanente a Lei de Incentivo ao Esporte foi aprovada pela Câmara e o Senado e garante que empresas e pessoas físicas possam deduzir do imposto de renda as doações e patrocínios realizados para projetos desportivos. Sem o projeto, a lei perderia a vigência em 2027.

Max Lemos destacou que o incentivo ao esporte pelas empresas abrange tanto projetos de base quanto de atletas de alto rendimento, em ciclo olímpico e paralímpico.

Na audiência, o gerente nacional de Patrocínio da CAIXA, Alexandro Gidaro, disse que o investimento nessa área faz parte do planejamento estratégico do banco e apontou que entre 2001 e 2024 foram destinados R$ 771 milhões ao esporte olímpico e paralímpico. Segundo ele, são repassados diariamente ao esporte mais de R$ 5 milhões pelas Loterias Caixa.

Por outro lado, nos Correios, o chefe do departamento de Comunicação Corporativa Estratégia da estatal, Renan Caique Weber, informou que de 2019 até 2024 os investimentos em eventos esportivos e culturais foram praticamente zerados. Segundo Weber, em razão de processo de reestruturação financeira interna.

O deputado Max Lemos destacou uma ideia que surgiu na audiência para que os Correios auxiliem, ao menos, a logística dos atletas nas competições.

“E aí surgiu uma proposta muito interessante vinda, por exemplo, do subsecretário de esporte de Ribeirão Preto: se os Correios não podem botar recurso, não poderiam cuidar da logística, por exemplo, das competições? Por que os Correios não podem usar a estrutura dele de transporte, de translado para ajudar de alguma forma o esporte brasileiro? Então, a audiência teve essa visão, visão de buscar a transparência e visão de você encurtar a distância para se acessar esse recurso,” exemplificou.

Segundo Max Lemos, a Comissão do Esporte vai continuar acompanhando os investimentos feitos pelas empresas no setor.

Apresentação - Ana Raquel Macedo