Programas da Rádio Câmara

O decreto que regulamenta a TV 3.0, a nova geração da televisão aberta e gratuita no Brasil, foi assinado nesta quarta-feira (27) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tecnologia vai permitir uma TV aberta com mais qualidade de imagem, som de cinema e interação em tempo real, aproximando a experiência dos serviços de streaming atuais. As transmissões devem ter início no primeiro semestre de 2026, começando pelas grandes capitais.

Em entrevista ao Painel Eletrônico (28), a coordenadora do grupo de trabalho da TV 3.0 na Câmara dos Deputados e diretora da TV Câmara, Daniela André, detalhou as expectativas e os benefícios que essa inovação trará aos cidadãos.

“O principal benefício é trazer para a televisão aberta, gratuita, a convergência e o acesso que a gente já tem em outras mídias, pela internet, pelo computador, pelo celular, acesso a diferentes mídias ao mesmo tempo. Então, com isso, a experiência de assistir TV vai ficar mais parecida com o que se tem hoje em outras plataformas de internet, de vídeos, como o YouTube, mas mantendo a gratuidade e o acesso mais facilitado da TV,” explicou.

O novo sistema vai permitir a criação de uma plataforma pública de comunicação e serviços. Pela primeira vez, haverá um espaço onde estarão disponíveis todas as emissoras públicas federais, incluindo a rede legislativa (Câmara, Senado, assembleias e câmara municipais) e a rede nacional de comunicação pública (coordenada pela EBC, com TV Brasil, Canal GOV, Canal Saúde, Canal Educação).

Além disso, a plataforma integrará serviços de Governo Digital, proporcionando ao cidadão acesso a diversas funcionalidades governamentais e a possibilidade de interagir com essas instituições diretamente pela TV.

Daniela André explicou como se pretende integrar a nova tecnologia à programação da TV Câmara.

“A Câmara já é uma referência em interação com a população, com a participação popular, e a gente quer levar esses canais que hoje que já estão consolidados aqui na Câmara, como debates interativos e enquetes legislativas, para a televisão e aumentar ainda mais o alcance dessa participação,” disse.

A diretora da TV Câmara destacou, ainda, que haverá um tempo de transição longo para a incorporação da tecnologia da TV 3.0, com os sistemas atual e o novo convivendo por, pelo menos, 15 anos.

A partir do ano que vem, nas capitais, o cidadão que quiser ter acesso à nova tecnologia poderá adquirir um conversor. Os novos aparelhos também deverão estar adaptados ao novo sistema. A internet não será obrigatória, mas servirá para ampliar as possibilidades de interação da nova TV. A expectativa é que a TV 3.0 entre no ar em junho de 2026, a tempo da próxima Copa do Mundo.

Apresentação - Ana Raquel Macedo