Painel Eletrônico
Deputado Coronel Chrisóstomo diz que vai ser muito difícil evitar polarização e exploração política da CPMI do INSS
20/08/2025 - 08h00
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Entrevista - Dep. Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
A oposição contesta a escolha do presidente e do relator da CPMI do INSS, senador Omar Aziz (PSD-AM) e deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), instalada nesta quarta-feira. Segundo o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que faz parte da comissão, ambos nem assinaram a criação da CPMI. Segundo ele, foi a forma que o governo encontrou para “blindar” a comissão. O deputado quer saber se os dois se sentem “à vontade” para ocupar estes cargos. Chrisóstomo lembra que a escolha do presidente precisa passar por uma eleição dentro da CPMI. “Será que ele vai ser eleito? Ou poderemos ter surpresa?”, questiona. Eleito, o presidente define o relator.
Coronel Chrisóstomo diz que o desconto indevido dos aposentados começou em 2011, durante o governo Dilma Rousseaf – e não em 2019. Ele defende o governo Bolsonaro, afirmando que a gestão tentou impedir as fraudes por meio de uma medida provisória, que depois teria sido rejeitada pelo PT. Chrisóstomo afirma também que o valor da fraude “dobrou” em 2023 e “triplicou” em 2024, atingindo R$ 6,4 bilhões em 6 anos.
O deputado Coronel Chrisóstomo falou que o foco da CPMI tem de ser nos idosos e nas pessoas com deficiência prejudicados pelas fraudes. “São essas pessoas que estão sofrendo”, diz. Ele afirmou que o primeiro passo é encontrar os responsáveis e puní-los “de forma exemplar”, além de encontrar soluções legislativas para que o problema não se repita.
Coronel Chrisóstomo também diz que tem uma lista de convidados para prestar depoimento, mas que não pretende revela-la agora. “Vou deixar como surpresa, Tem muita gente que está calada, mas que está na cabeça desta fraude”, afirmou.
Coronel Chrisóstomo acha “muito difícil” evitar a exploração política na CPMI, que se realiza um ano antes da eleição presidencial, “de ambos os lados”. “O ideal seria não politizar”, ressalta. Serão 180 dias de embate, segundo ele. “Estou tranquilo para enfrentar uma batalha. Não vai ser fácil”, afirmou.
Coronel Chrisóstomo afirma que também o INSS precisa de uma reformulação e defende até a criação de um novo instituto. Segundo ele, O INSS, “do jeito que está”, tem dificuldade de atendimento e de chegar na ponta, para o beneficiário. Ele acredita que a CPMI seja a oportunidade para “fechar este ciclo”.
Apresentação - Mauro Ceccherini