Economia Direta

Novo governo avalia a melhor forma de acomodar compromissos de campanha no Orçamento de 2023

09/11/2022 - 08h00

  • Novo governo avalia a melhor forma de acomodar compromissos de campanha no Orçamento de 2023

As mudanças no Orçamento Geral da União de 2023 para acomodar os principais compromissos de campanha do novo governo eleito podem gerar gastos extras de até R$ 175 bilhões, segundo estima o economista Fernando Gomes, lembrando ainda que o projeto já encaminhado pela atual gestão prevê déficit de R$ 65 bilhões. Entre as despesas, perto de R$ 52 bilhões serão destinados ao aumento para R$ 600,00 do Auxílio Brasil, que pode voltar a se chamar Bolsa Família, além de R$ 23 bilhões para pagar mais R$ 150 para famílias com filhos de até seis anos.

Os outros R$ 100 bilhões a mais devem ser destinados para a concessão de aumento real do salário mínimo e aposentadoria, entre 1,3% e 1,5%, que ainda dependem do fechamento da inflação deste ano; E para outros programas que tiveram redução orçamentária ou foram simplesmente retirados da previsão, como Farmácia Popular e o financiamento da merenda escolar. A correção do IR também ainda não tem valor definido, mas é um item que o próximo governo pretende começar a tratar apenas em 2023.

Fernando Gomes também avalia que a forma mais segura de viabilizar o aumento das despesas é por meio de uma proposta de emenda à Constituição, para autorizar a liberação dos recursos fora do teto de gastos, preceito constitucional em vigor desde 2016.

Apresentação: Marcio Achilles Sardi e Fernando Gomes

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