Programas da Rádio Câmara

O financiamento público de campanhas eleitorais é considerado por muitos uma forma eficiente de combate à corrupção e de eliminação do “caixa dois” nas eleições. No entanto, há quem critique a medida por considerá-la antidemocrática, ao impedir a participação de dinheiro privado na eleição. Para analisar os prós e os contras do financiamento público de campanhas eleitorais, o programa Conversa sobre Política desta sexta-feira entrevista o cientista político e professor da Universidade de Brasília Lúcio Rennó. Afinal, o ingresso de dinheiro particular nas eleições pode dar origem a uma relação espúria e promíscua entre quem financia e quem é financiado – um partido ou um representante do povo –, na qual o interesse público seria relegado em favor do interesse privado?
Por outro lado, o ingresso de dinheiro público no pleito não poderia ser considerado um desperdício, já que as campanhas eleitorais são caríssimas e existem áreas sociais mais necessitadas de investimento público, como a saúde e a educação?