Câmara Ligada
Ocupação dos espaços públicos
10/05/2013 - 00h01
A cidade é de todos. Mas será que estamos conseguindo aproveitar bem os espaços públicos que estão disponíveis para nós? Se as ruas, as praças e os equipamentos urbanos antes serviam somente como lugar de encontro e convivência, hoje a ocupação deles chega a ser um ato político, cívico, urbano – além de possibilidade de interagir divertidamente com outras pessoas. Por todo o Brasil, skatistas são constantemente confrontados pela Polícia, sob a alegação de estarem destruindo o patrimônio público. Os grafiteiros ainda são perseguidos e qualquer manifestação costuma gerar irritação na população. Mesmo de forma organizada, a ocupação dos espaços em alguns momentos pode exigir até mesmo autorização da prefeitura. A burocracia desanima as pessoas. E certa preguiça também toma conta de nós. Nossas praças não estão quase todas abandonadas? Muitas não têm se tornado abrigo precário para a população de rua ou mesmo ponto para tráfico e consumo de drogas? A violência não se faz presente justamente por que não ocupamos os espaços? Não passa também por nós a iniciativa de reviver esses lugares e ocupa-los de forma positiva e constante? Como os jovens podem promover essa possibilidade? Para debater sobre o tema, o Câmara Ligada chamou a banda de hardcore Dead Fish + Nega Gizza, que junto com MV Bill e Celso Athayde, fundou a Cufa (Central Única das Favelas) + antropóloga Jânia Perla tem diversas pesquisas sobre o comportamento social nas grandes metrópoles e como a ocupação urbana pode contribuir para a diminuição da violência + Thales Fernandes, grafiteiro e estudante de desenho industrial.
Apresentação: Evelin Maciel