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A liberação do canabidiol, um dos derivados da maconha, usado para fins medicinais, foi comemorada pelas famílias de pacientes com doenças neurológicas e pesquisadore

Com a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o produto saiu da lista de substâncias proibidas no Brasil e passou a constar no rol das controladas.

Vencida a etapa da autorização do produto pela Anvisa, agora, o próximo passo será vencer a burocracia para importação dos remédios que contém o canabidiol.

Segundo a Anvisa, até dezembro de 2014, o órgão autorizou excepcionalmente 238 pedidos de importação da substância. Com a liberação, a agência já estuda a criação de mecanismos legais para simplificar o processo e facilitar a vida dos pacientes e familiares.

Para discutir os impactos da liberação do uso medicinal do canabidiol, o Com a Palavra... entrevistou o neurocientista, professor do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade de Brasília e autor do livro "Maconha, cérebro e saúde”, Renato Malcher Lopes. Para o especialista, o novo posicionamento da Anvisa sobre o assunto vem corrigir um erro inicial que colocou o canabidiol no mesmo patamar que substâncias como cocaína e heroína. Ele destaca, no entanto, que a reclassificação da substância beneficiará mais os cientistas que trabalham com a substância pura do que as famílias e pessoas que utilizam a substância no tratamento de determinadas doenças.