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Hoje é o Dia Internacional do Idoso (1º de outubro). A data foi instituída há 23 anos, pela Organização das Nações Unidas, com objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e, também, para a necessidade de proteger e cuidar das pessoas idosas.

Nas últimas décadas, o número de idosos, em todo mundo, quase dobrou. Mas a expectativa é de que, em 2050, a população mundial com idade superior a 60 anos poderá chegar a dois bilhões.

O Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já possui quase 23 milhões de idosos (11,34% dos brasileiros), mas a estimativa é de que essa faixa etária ultrapasse os 70 milhões em 2060. O que vai representar 33,7% da população do país.

Saúde
A população de idosos cresce a cada ano, mas o número de profissionais que cuidam da saúde deles não acompanha o processo de envelhecimento populacional no mundo. O Brasil tem apenas mil geriatras, uma média de apenas um profissional para cada 20 mil idosos.

Direitos
O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), em vigor há 11 anos, assegurou uma série de direitos às pessoas com 60 anos. A norma legal prevê a distribuição gratuita de próteses, órteses e medicamentos. Determina, ainda, que os planos de saúde não possam reajustar as mensalidades pelo critério de idade. A referida lei também assegura o direito ao transporte coletivo público gratuito e reservas de 10% dos assentos; e, nos transportes coletivos estaduais, a reserva de duas vagas gratuitas para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos.

Para falar sobre essa mudança no perfil demográfico mundial e, também, sobre as conquistas e desafios para os idosos, o Com a Palavra... entrevistou o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), João Bastos Freire Neto.