Rádio Câmara

Neste ano eleitoral, o horário de verão deve começar depois do segundo turno das eleições, no início de novembro. A intenção é evitar transtornos nos sistema de votação eletrônica. Normalmente a mudança de horário acontece em meados de outubro.

Durante o horário de verão, os relógios da população que vive nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm de ser adiantados em uma hora. A medida tem o objetivo de de diminuir a sobrecarga nos chamados horários de pico, entre as sete e as dez da noite. A idéia é aproveitar a luminosidade natural para que as pessoas demorem mais a ligar seus equipamentos elétricos em casa. Segundo o Ministério de Minas e Energia, no último horário de verão, as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram uma redução de demanda de 5%.

Mas o horário de verão não é consenso. Nesse período, são frequentes as reclamações de quem precisa acordar uma hora mais cedo. Na Câmara, estão em discussão cinco projetos de lei que querem proibir ou limitar o alcance do horário de verão. A deputada Maninha, do PSol do Distrito Federal, é autora de uma das propostas. A deputada defende que a economia de energia obtida é muito pequena se comparada ao transtorno que a mudança provoca. Além do sono, Maninha aponta o risco de violência para as pessoas que precisam sair de casa para o trabalho ainda de madrugada. A proposta de Maninha prevê uma consulta pública, e a deputada opina que a maioria da população votaria contra o horário de verão.

"Todo mundo reclama, e principalmente as classes trabalhadoras e a classe mais baixa, por que é quem tem que tomar ônibus, é quem mora distante. Essa compensação de sair cedo do trabalho não justifica o transtorno de acordar as quatro horas da manhã e tomar um ônibus para chegar ao seu trabalho. É um transtorno fisiológico muito grande, e eu acho que se tiver a consulta, eu tenho certeza que a maioria da população vai dizer que é contrária".

Os projetos de lei que pedem o fim do horário de verão estão em análise na Comissão de Constituição e Justiça. Depois disso ainda serão discutidos em Plenário.

De Brasília, Daniele Lessa