Rádio Câmara

Samba da Minha Terra resgata a trajetória de Dona Inah, mais um caso de cantora com reconhecimento tardio entre os baluartes do samba. Ex-boia-fria e doméstica nascida no interior de São Paulo, ela só gravou o primeiro disco aos 69 anos de idade, venceu prêmio nacional de “revelação” aos 70, encarou turnês por Europa e África e comandou memoráveis shows de resgate do samba de raiz. Assim como todos os talentos de reconhecimento tardio, Dona Inah teve muito pouco tempo para curtir o sucesso em vida: o Alzheimer a afastou gradativamente dos palcos. Ela nos deixou em 2022, aos 87 anos, mas sua interpretação genuína de samba está eternizada nos três álbuns que batalhou para lançar.

MÚSICAS
Hoje eu vou pro samba (Vó Suzana), com Dona Inah
Chorei (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro), com Dona Inah
Euforia (Nelson Cavaquinho, Eduardo Gudin e Roberto Riberti), com Dona Inah
Peregrino (Noca da Portela e Toninho Nascimento), com Dona Inah
Jaci e maré cheia (Douglas Germano e Milton Conceição), com Dona Inah
Olha quem chega (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro), com Dona Inah
Divino samba meu (Heron Coelho, Luiz Ribeiro e Alexandre Pavan), com Dona Inah
Chorar jamais (Dona Inah), idem
Ainda mais (Paulinho da Viola e Eduardo Gudin), com Dona Inah
Clara (Ventura Ramirez e Roberto Barbosa), com Dona Inah
Marcas de sofrimento (Monarco e Mauro Diniz), com Dona Inah e Monarco
Linhas tortas (Delcio Carvalho e Toninho Nascimento), com Dona Inah e Delcio Carvalho
Feitio de oração (Noel Rosa e Vadico), com Dona Inah
Armadilhas (Ataulfo Alves e Hermínio Bello de Carvalho), com Dona Inah
Qual foi o mal que eu te fiz? (Cartola e Noel Rosa), com Dona Inah
Vou fugir (Ivor Lancelotti e Delcio Carvalho)
Diploma de sambista (Dora Lopes, Jorge Lopez e Marcos Silvestre), com Dona Inah
Ladrão que entra na casa de pobre (Jorge Costa), com Dona Inah
Como é que eu posso? (Carlota), com Dona Inah

Sonoplastia - Tony Ribeiro
Apresentação e pesquisa - José Carlos Oliveira