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A participação de uma comitiva de parlamentares à recente viagem à China do presidente Lula fortalece as discussões de acordos entre os países, num ambiente de multilateralismo, segundo o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA). Ele e outros deputados visitaram o país asiático, juntamente com a comitiva oficial do governo brasileiro.

Em entrevista ao Painel Eletrônico (16/5), Daniel Almeida destacou que os acordos bilaterais fechados na China totalizam R$ 27 bilhões em investimentos no Brasil, em áreas de inovação, energia, saúde e desenvolvimento sustentável. Parte dos textos precisa passar pelo Congresso para confirmação.

“Todos os assuntos do país acabam passando pelo Congresso, dependem de leis, os acordos normalmente são depois chancelados e autorizados pelo Congresso Brasileiro, modificações na legislação às vezes são necessárias para favorecer as transações comerciais; por isso, é muito necessário que os interesses do Brasil sejam todos acompanhados pelo Congresso Nacional,” explicou o parlamentar.

Daniel Almeida lembrou que já havia acompanhado o presidente Lula em outra viagem à China, assim como esteve com o presidente chinês, Xi Jinping, no ano passado. Segundo o parlamentar, a cada encontro, é possível perceber o fortalecimento das relações entre Brasil e China, que hoje é o maior parceiro comercial dos brasileiros.

A China e o Brasil integram o grupo do BRICS, juntamente com Rússia, Índia, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. O Brasil está na presidência rotativa do agrupamento neste ano. Juntos esses países buscam fortalecer a cooperação econômica, política e social do chamado Sul Global na governança internacional.

Em julho, no Rio de Janeiro, os chefes de estado do BRICS se encontram para uma reunião de cúpula. Um mês antes, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal sediam o 11º Fórum Parlamentar do BRICS, entre 3 e 5 de junho. O deputado Daniel Almeida comentou a importância das trocas entre os parlamentares do grupo.

“Eu acho que é fundamental que os parlamentares conversem entre si, identifiquem o que há de novidade, especificidade na legislação de cada país, porque os acordos bilaterais, como eu já disse, dependem de aprovação por parte do Congresso. Nós temos que tentar aproximar a legislação de cada um dos países que nós temos relações, conhecer a legislação de cada um e ver se é possível encontrar pontos de convergência que simplifiquem o entendimento de parte a parte. E no caso do BRICS, isso é mais relevante ainda, porque são países que encontram identidade cada vez mais próxima e nós precisamos no parlamento também fazer refletir isso,” enfatizou Daniel Almeida.

Apresentação - Ana Raquel Macedo