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O trabalhador tem muito a comemorar neste feriado de Primeiro de Maio. É o que diz o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), que preside a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio, entidade que representa 12 milhões de trabalhadores. Ele cita conquistas, como: o aumento real do salário mínimo e a política de igualdade salarial entre homens e mulheres.

Luiz Carlos Motta cita também projetos importantes, que ainda são analisados pelo legislativo. Um deles é o fim da escala 6x1. Ele defende a diminuição da jornada de trabalho sem redução de salários, mas é contra a proposta 4x3, da deputada Erika Hilton (Psol-SP). Ele acredita que o parlamento chegará a uma solução. “Temos que discutir, chegar a um consenso”, prega. Motta relata que, no comércio, a atual jornada causa afastamentos e ausências de trabalhadores.

Outro projeto em discussão no parlamento é a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. Motta apoia a proposta, mas acha que a compensação não pode vir apenas por meio da taxação dos super ricos, como quer o governo. “Precisamos encontrar outras fontes”, diz. Motta cita ainda a valorização das negociações coletivas de trabalho, que envolvem patrões e empregados, como tema relevante para a pauta dos trabalhadores no legislativo.

Motta chama a atenção ainda para a precarização do trabalho, por meio da tecnologia, como mostram os aplicativos de transporte e de entrega de refeições, por exemplo. Ele diz que o tema é “polêmico”, mas defende a regulamentação desses aplicativos. O deputado diz ainda que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) “é uma das legislações mais perfeitas do mundo”. Mas ele afirma que o mundo do trabalho é dinâmico e tudo precisa de constantes atualizações.

O dia do trabalhador, comemorado em primeiro de maio, completou 100 anos no brasil. O feriado nacional foi instituído em 1925, durante o governo de Arthur Bernardes, ainda na República Velha. A data está associada ao histórico de luta por melhores condições de trabalho e remete a uma greve realizada em Chicago, no final do século 19.

Apresentação - Mauro Ceccherini