Programas da Rádio Câmara

O deputado Paulo Azi (União-BA) diz que a nova lei geral do turismo pode até dobrar a participação do setor na economia. Hoje, o turismo responde por 4% do PIB brasileiro e emprega 7 milhões de pessoas. O país recebe 4 milhões de turistas por ano. “É pouco, mas o setor tem muito espaço para crescer”, diz o deputado, que relatou a proposta durante votação no plenário da Câmara.

Paulo Azi afirma que o objetivo da nova lei é modernizar, desburocratizar e dar maior segurança jurídica ao setor. Otimista, ele acredita que a nova lei poderá “abrir as portas do Brasil” para o turismo internacional. Na opinião do parlamentar, o setor está preparado. “Temos hotéis, restaurantes, praias, tudo com estrutura para receber os turistas”, enumera.

A nova lei que reformula o marco legal do setor permite que recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) sejam usados para conceder crédito a empresas aéreas. O Ministério de Portos e Aeroportos, responsável pelo gerenciamento de 70% dos recursos do Fnac, estima que o fundo vai financiar cerca de R$ 5 bilhões para fortalecer as empresas aéreas em operação regular no país. Os outros 30% serão gerenciados pelo Ministério do Turismo. Azi diz que parte dos recursos pode subsidiar o querosene de aviação da Amazônia Legal, reduzindo os preços do transporte para a região.

O deputado Paulo Azi declara, no entanto, que só a lei não basta. Segundo ele, o governo precisa investir na infraestrutura e na melhoria da segurança pública, combatendo – sobretudo - o crime organizado. Outro ponto é combater a violência sexual contra jovens e adolescentes, acrescenta. ‘Precisamos garantir que o turista poderá vir tranquilamente”, afirma.

Paulo Azi afirma que cabe, agora, à Embratur “vender a imagem do Brasil” no exterior. Ele acredita que essa ofensiva deve se dar não somente entre os países vizinhos, como a Argentina, origem da maioria dos nossos turistas, mas ao mundo todo, incluindo Estados Unidos e Europa. Ele lembra que Portugal recebe 60 milhões de turistas por ano (15 vezes mais que o Brasil).

Apresentação - Mauro Ceccherini